Quem sou eu

Alguém que prefere usar as palavras à usar as pessoas.

terça-feira, janeiro 16, 2007

Encerrando com chave de ouro

Fim de ano, presentaiada, parentaiada, festaiada, e tantos outros “aida” que todo mundo já conhece. No meu serviço teve duas confraternizações. Uma de todos os funcionários, da qual eu não quis participar porque cheguei ao final do ano dura e lisa pra variar e o preço era de R$25,00 por pessoa.
Ah! Sim! Mas e o meu 13º?
...
1ª sub-história: O triste fim do meu 13º

Em meados de maio, eu, pela primeira vez na vida declarei meu Imposto de Renda. Em meados de junho, eu já estava devendo Deus e todo mundo. Então logo eu pensei: vou antecipar o meu IR e pagar minhas contas.
Fiz isso.
Antecipei e com o dinheiro, paguei 25% das contas.
Mas com meu mérito inabalável de sortuda, tive o que seria a minha 1ª restituição, presa na receita federal.
Traduzindo: Caí na famosa Malha Fina!
Então... O meu débito junto ao banco entrou! Mas o meu crédito... não!
...
Lá se foram meus míseros reaizinhos do 13º.
Mas eu estava conformada. Afinal teríamos uma confraternização menorzinha, só para o pessoal do gabinete que seria num barzinho bem legal e o melhor: seria de graça!
Então fiquei bem despreocupada. Tão despreocupada que nem me estressei quando o cara de cuíca do meu ex me ligou pra me pentelhar.
...

2ª sub-história: A cara de cuíca do meu ex!

Estava eu, trabalhando sossegada, numa sexta feira que antecedia a confraternização dos funcionários e o telefone soou.
Atendi:
_ Gabinete do Vereador Protassio Nogueira, boa tarde!
A voz seca do outro lado:
_ Boa tarde!
O boa tarde inconfundível vinha de nada mais, nada menos, do que da minha inspiração para este post.
Respirei fundo, mais fundo, bem mais fundo e perguntei o que ele queria.
Ele fazendo-se de ofendido disse:
_ Bom já que você é tão direta, eu vou ser direto também.
Eu:
_ Seja!
Ele:
_ Você vai à festa de confraternização?
Eu:
_ Por que?
_ Porque eu quero ir.
Ora...ele não é funcionário. Ele só pode ir, porque infelizmente um dia eu cometi o maior erro da minha vida que foi de ter incluído ele nos meus convênios, associações e etc e por motivos de chantagem maior, até hoje não pude cortar essas e tantas outras regalias que ele tem as minhas custas.
Eu:
_ Tá.
Ele:
_ Mas eu gostaria de te pedir uma coisa.
Eu:
_ Ã.
Ele:
_ Se você for tem como você ir sozinha?
(Silêncio)
Ele:
_ Não é por nada. É que eu não vou me sentir bem, vendo você de mãos dadas com outro.

Ora, além dele ir a MINHA festa, às MINHAS custas, ele ainda se sente no direito de me pedir alguma coisa. Ou melhor, ainda se sente no direito de pedir para eu não levar o MEU namorado que era quem tinha o direito de estar lá. Sinceramente: Ele merece um premio.

Eu:
_ Tudo bem! Pode ir! Eu não vou.
...
O dia da confraternização passou, na outra semana eu trabalhei normalmente e na sexta-feira que antecedia o natal seria a nossa confraternização (só nossa) sem convidados, acompanhantes, ou malas. Nesta sexta-feira, nós trabalhamos até o meio dia e a confraternização seria a noite.
Ótimo pra mim que teria tempo de ir até a cidade comprar umas bungingangas e ainda dar um tapa no penteado.
Fui até a cidade, peguei uns trocados no banco, comprei umas roupinhas básicas pra não passar o natal com “cara de maria” e quando eu entrei no trocador para experimentar minhas roupas levei um tremendo susto.

O meu bigode!

O meu bigode havia crescido com uma velocidade tão imensa que eu nem tinha me dado conta. Uma coisa era certa. Não tinha condições de eu ir à confraternização com aquela taturana embaixo do nariz.
...
3ª sub-história: O causo da cera que gruda, mas não desgruda!

Saí da loja rapidinho com um único objetivo: Dar um sumiço no meu bigode!
Fui andando e pensando: ...Eu compro um prestobarba, entro em qualquer lugar, peço pra usar o banheiro e tiro o bigode com o prestobarba mesmo...O pessoal fala que se arrancar com prestobarba cresce mais bigode...Mas deve ser só superstição...E se não for só superstição?...E se meu bigode dobrar de volume depois?...Ah meu Deus!...Acho melhor não comprar prestobarba...Mas também não adianta eu comprar o creme depilatório...Onde eu vou arrumar algodão, água morna em um banheiro qualquer?...
Entrei na primeira perfumaria que achei e fiquei um tempão olhando as prateleiras com milhares de opções para depilação de buço. Quando eu não tinha mais esperanças, achei que eu teria que enfrentar o prestobarba e correr o risco de ter o meu bigode dobrado de volume, vi algo na prateleira que me chamou a atenção: Um pacotinho com folhas de ceras frias próprias para o buço. Li o modo de usar: Esquente uma das folhas de cera entre as mãos por 3 minutos, coloque a folha sobre o buço no sentido do crescimento do pelo, espere uns minutos e puxe.
Ótimo! Não podia existir nada mais prático.
Sem algodão, sem água morna, sem sujeira, sem bagunça e eu poderia fazer o serviço em qualquer lugar.
Já estava quase na hora de começar a confraternização.
Paguei a conta na perfumaria, aproveitei para comprar um gloss também e saí.
No caminho entrei em uma padaria. Pedi para usar o banheiro o rapaz do balcão me emprestou a chave e lá fui eu dar um fim no meu bigode.
Abri o pacotinho, separei duas folhinhas de cera, coloquei entre as mãos para esquentar, esperei três minutos, separei as folhas, coloquei sobre o buço, esperei um tempo, puxei e pronto. Dei fim no meu bigode.
Bom...Como toda mulher sabe (eu ainda não sabia), quando você faz este tipo de depilação, fica um pouco de cera grudada na pele (as vezes, nem tão pouco assim!).
Aí para limpar a cera, é obvio, era só lavar. Passei sabonete no buço e enxagüei...

E enxaguei...

E enxagüei...

E en-xa-gu-ei!

Gente, porque que essa cera não desgruda?!?! O jeito era esfregar com a toalha!
Peguei a toalha e esfreguei!

Obs: A toalha tem feltro e o feltro tende a grudar na cera.

Obs2: A toalha era preta!

Olhei no espelho e tentei não me desesperar com a minha cara toda preta. Respirei fundo e pensei: O papel higiênico vai limpar essa sujeira!
Peguei um bom pedaço de papel higiênico e passei na cera
[...]
Agora além de muitos fiapos pretos, tinha muitos pedaços de papéis brancos grudados em meu buço.
Aí não teve jeito. Entrei em pânico. Enchi meu buço de sabonete e comecei a arrancar a cera e tudo mais que estava grudada nela, com as unhas!
Saí da padaria rapidinho, entreguei a chave para o balconista mais rapidinho ainda, para ele não ver a vermelhidão no meu rosto.

...

Passado o sofrimento do buço, fui andando devagarzinho para ver se a vermelhidão do meu rosto sumia até eu chegar no local da confraternização. Cheguei lá, cumprimentei o pessoal e acho que a vermelhidão já tinha sumido, porque além de ninguém me olhar com cara de espantado, o Jonathas também me elogiou e disse que eu estava mais bonita.
Ótima recompensa pra quem passou o que passou minutos antes.
Mas enfim... Foi ótima a confraternização.
Saí da confraternização e fui pra casa do meu namoradinho lindo que estava me esperando. Cheguei lá e fui mostrar pra ele as coisas que eu tinha comprado, contei pra ele do incidente com a cera e nessa eu peguei o pacote de cera para mostrar.
Caiu um pacotinho de dentro e eu fui ler o que era e estava escrito:

LENÇOS UMIDECIDOS
Próprio para retirada dos resíduos da cera

Evitei maiores comentários!

Ai passou o natal, passei com minha família e com meu namorado que me ajudou a fazer a ceia. (Ai thi lindo!) Um dia depois do natal, já voltei a trabalhar. Trabalhei até o meio dia da sexta-feira que antecedia o ano novo. O meu namo já tinha me avisado que ia ter que passar o ano novo com a família dele. Como a minha avó tinha vindo do Pará para passar o ano novo com a gente, eu não poderia ir passar com ele e deixar minha avó. Ambos já havíamos nos conformado com o fato.
Véspera de ano novo, minha mãe apareceu com uma novidade que pra mim não foi só o presente do ano. Foi o melhor presente da minha vida.
A minha mãe, por livre e espontânea vontade, veio dizendo que queria que fossemos almoçar na casa da minha irmã, assistíssemos a missa em mogi das cruzes (onde minha irmã mora) e depois voltar para passar o ano novo em casa mesmo.
Eu fiquei passada com o convite.
Deixem-me explicar.
Essa é uma sub história muito grande então não vou me estender aqui. Vou dar só uma esplanada no caso.
A minha mãe e minha irmã nunca se deram bem na vida. A mãe rejeitou minha irmã desde o nascimento e continuou rejeitando-a pela vida inteira e minha irmã por sua vez nunca fez o menor esforço para não merecer essa rejeição e eu por minha vez, durante meus vinte três anos de vida, rezei e lutei para mudar isso. Ou melhor, nos últimos anos só rezei, porque de lutar eu já tinha cansado.
Então, partir da minha mãe, fazer uma visita para minha irmã, na véspera de ano novo, era mais do que um presente, era uma vitória de vida.
Aceitei é claro!
Liguei para minha irmã para avisá-la da visita e esta ficou tão surpresa quanto pasma, mas ficou feliz.
Fomos para mogi e eu descobri que minha irmã não mora.
Se esconde!
Conseguimos achar o buraco onde ela se esconde por volta das quatro da tarde, embaixo de uma chuva torrencial. Não preciso dizer que meu estômago estava no intestino. O meu e o de todo mundo.
Mas compensou quando vi a felicidade do filho dela ao vê-la (o filho da minha irmã mora comigo).
Almoçamos, tiramos fotos. Meus pais conheceram o genro deles, conversaram e todo mundo ficou feliz.
Quando estávamos perto da hora da missa, o meu cunhado se ofereceu para levar-nos de caminhão.
Subiu a família toda (e não é que cabe a família inteira na boleia do caminhão!) cada um com seus respectivos guarda-chuvas e suas respectivas bolsas.
...

4ª sub-história: O causo do sumiço da bolsa!

Fomos até a igreja, batendo a bunda na boléia, ouvindo e cantando músicas sertanejas. Chegamos à igreja e um a um foram descendo do caminhão. Eu fui a última a descer e fiquei incumbida de pegar as bolsas. Coloquei uma a uma para fora e quando eu fui descer minha mãe perguntou se não tinha nada sendo esquecido.
Olhei atenciosamente para todos os lados do caminhão e não vi mais nada e afirmei que estava tudo certo.
Nos despedimos, agradecemos a carona e entramos na igreja para assistir a missa. A missa ia bem e chegamos no momento do ofertório. Como é meu costume fui pegar minha bolsa para colaborar na oferta. Olhei para as bolsas que estavam ao nosso lado e...
_ Charlene! Mãe! Vocês viram minha bolsa?
Negativo! Ninguém tinha visto minha bolsa.
Pronto. Acabou minha missa de ano novo! Dentro da minha bolsa só tinha: todos meus documentos, todos meus cartões bancários, todos telefones dos meus contatos dos mais próximos aos mais distantes, todo meu dinheiro (era pouco, mais era meu), o meu celular, recibos de contas importantes, enfim: minha vida estava dentro da minha bolsa.
Pedi um dinheiro para o meu pai e sai em busca de um cartão telefônico. Andei uns 5 quarteirões ou mais para achar e sabe Deus como eu achei! Afinal, não é tão fácil achar um cartão telefônico as 21:00 horas da véspera de ano ano novo.
Aí eu andei mais uns 4 quarteirões para achar um orelhão. Achei e comecei a ligar para o meu celular. A minha esperança é de que a minha irmã tivesse visto a bolsa dentro do caminhão, tivesse percebido que eu esqueci e ficasse com meu celular do lado esperando eu ligar.
Infelizmente, nada disso aconteceu. Voltei para a igreja para avisar minha mãe que eu teria que voltar na casa da minha irmã para pegar a minha bolsa. Minha mãe perguntou porque eu não ligava para o meu cunhado para ele trazer a bolsa pra mim e eu expliquei que o telefone do meu cunhado estava anotado no meu celular que estava dentro da minha bolsa, que eu tinha esquecido.
Como já era tarde minha mãe então achou melhor que eu fosse e já passasse o ano novo lá com minha irmã, porque ia ficar muito tarde. Eu concordei e fui andando na frente delas na esperança de pegar o ônibus logo e entrei numa ruazinha ao lado para cortar caminho. Cheguei no ponto de ônibus por volta de umas 21:30 e fiquei esperando. Fiquei esperando... fiquei esperando... e continuei esperando... esperando...
Por volta de umas 22:15 desisti de esperar. Ainda tentei ligar novamente no meu celular, mas nem sinal de vida. Procurei o ponto de táxi mais próximo. Não sei se eu tenho cara de ladra, chave de cadeia ou qualquer coisa assim. Mas o fato é que nenhum dos cinco taxistas quiseram me levar alegando que não sabiam como chegar ao local. Talvez eu acreditaria, não fosse minha irmã morar ao lado de uma das casas countrys mais famosa de mogi.
23:10 da véspera de ano novo e eu estava, a pé, sem bolsa, sem família e agora também, sem ônibus pra voltar pra casa!
Pelo menos minha mãe não ficaria preocupada, afinal ela já tinha falado pra eu dormir na casa da minha irmã, logo eu não voltaria mesmo pra casa.
Então, pra não passar o ano novo na rodoviária, liguei para o meu namorado e narrei rapidamente a situação. Ele disse que foi sorte eu ainda ter conseguido falar com ele, pois ele estava indo pra casa da tia dele e lá o celular não pega. Mas muito bem, ele me esperou, graças a Deus, ônibus que passa próximo a casa dele tem um monte. Peguei o primeiro que passou e ainda cheguei lá antes da virada.
Ainda deu tempo de pegar o final do último terço de 2006.
A família da tia dele é bem animada. Nos divertimos a beça. Comemos, demos risada e o meu namorado até ajudou no batuque. Até o Kleber, roqueiro oficial da família caiu no samba de raiz.
Quando já era quase duas da manhã, no meio daquela barulheira o telefone tocou. Só escutei a prima do meu namorado gritando que era o pai dele no telefone e eu pensei:
... Que bonitinho!... Até o pai dele que nunca liga pra ele, ligou hoje pra desejar feliz ano novo!
...

5ª sub - história: O outro lado da bolsa! Digo... Da história!

Como vocês já leram acima, a minha bolsa tinha sumido, o meu pai me deu dinheiro e como eu não consegui falar com minha irmã, fui andando na frente deles pra tentar pegar o ônibus logo e entrei numa ruazinha pra cortar caminho.
Minha mãe não conhece Mogi muito bem. Ele conhece apenas as ruas principais. Ao ver eu entrar naquela ruazinha ela entrou em pânico.
Meu Deus! A Denise pegou a rua errada. Jesus! Ela vai se perder!
Então minha mãe, que tem nada mais, nada menos que sessenta anos de idade e já foi operada da coluna (não pode fazer esforço físico) disparou a correr e gritar atrás de mim.
Denise!
Denise!
Denise!
O problema é que eu tenha apenas vinte e três anos. Entre eu correndo e minha mãe correndo, é obvio que eu ganho feio. E em nenhum momento escutei alguém chamar meu nome.
Minha mãe ficou cansada e desistiu de correr. Voltou para onde estava o resto da família e ficou desesperada. Meu pai e minha avó tentavam inutilmente acalmá-la explicando que eu trabalho em Mogi há anos, que praticamente sou mais mogiana que guararemense. Mas nada tirava da cabeça dela que eu tinha pego a rua errada e que eu estava perdida e que eu estava ferrada.
Porém como eles não conseguiriam me alcançar mesmo e estando eu desprovida de celular ou qualquer outra forma de comunicação, minha mãe não teve outra saída a não ser acalmar-se e ir embora com eles.
Eles chegaram em casa por volta de vinte e duas e trinta. Minha mãe, ainda preocupada, começou a revirar a casa em busca de algum papel, alguma anotação, onde tivesse por acaso algum vestígio com o número do celular do meu cunhado.
Como dizem por aí, quem procura – Acha!
E minha mãe – Achou!
Ficou feliz da vida, foi correndo no orelhão e avisou o meu cunhado que eu havia esquecido a minha bolsa no caminhão e estava voltando para buscar e como já era tarde, eu dormiria lá mesmo. O meu cunhado concordou e minha mãe ficou um pouco mais tranqüila.
A minha irmã, por sua vez, sabendo que eu tinha esquecido a bolsa, foi até o caminhão, pegou minha bolsa (que estava com o meu celular dentro) e guardou-a no quarto.
Aí, o relógio bateu 23:00 horas, 23:10, 23:30, 23:40, 23:55, passou o ano novo, 00:30, 1:00, 1:30 da manhã e nada da Denise (eu mesma) chegar na casa deles, nem ligar pra dar notícia.
Minha irmã, super inteligente, entrou em pânico, ligou pra minha mãe e avisou que neste horário não tem mais ônibus e que eu não havia chego.
Minha mãe tem sessenta anos.
Minha mãe tem alteração no sistema nervoso.
Minha mãe é hipertensa.
Ah!
Minha mãe é desesperada.
Pronto! Quase que minha mãe enfarta em pleno ano novo. Entrou em pânico, começou a chorar, disse que a cabeça estava adormecendo, que ia morrer, que ia e que ia e que ia.
Acho que o desespero da minha mãe alterou o nível de adrenalina no sangue da minha irmã e a adrenalina acelerou os ticos e os tecos dela e o raciocínio começou a fluir.
Ela foi até minha bolsa, pegou meu celular e começou a ligar no telefone do meu namorado, que só deu caixa postal (vide 4ª sub história), aí ela ligou no telefone dos meus amigos mais chegados e ninguém sabia de mim e por fim ela ligou no telefone do pai do Thiago.

...

Como já disse na história acima estávamos comemorando ainda, quando o telefone tocou e era o pai do Thiago. Eu fiquei feliz achando que ele havia ligado pra desejar Feliz Ano Novo. Oh decepção! O pai dele estava me procurando pra eu ligar urgente no telefone da minha irmã.
Eu comecei a ficar preocupada. Onde eu estava não tinha como ligar para celular. Então comecei acelerar o meu namorado pra gente ir embora. Graças a Deus o tio dele já estava “pra lá de Bagdá” e também queria ir embora.
Nos despedimos do pessoal que a esta altura já estavam se despedindo também. Chegamos, e liguei para o meu celular e enfim, minha irmã atendeu.
Já atendeu me xingando, me acusando, dizendo que eu não tinha ligado que isso e aquilo. Calmamente pedi que ela olhasse o número de ligações não atendidas no meu celular. Com raiva, ela me respondeu que eu deveria ter ligado no telefone do meu cunhado. Lá fui eu, explicar com toda paciência que o telefone do meu cunhado estava devidamente anotado no meu celular que eu tinha esquecido na minha bolsa.
Ela parou de esbravejar e ficou um tempo em silêncio. Depois me perguntou se eu estava bem. Eu respondi que sim, que estava na casa da tia do Thi e expliquei tudo que aconteceu (vide história 4). Ela falou que minha mãe estava preocupada e eu fiquei de ligar pra ela.
Liguei pra minha mãe e minha prima atendeu. Repeti a história toda e todo mundo ficou mais tranqüilo. A única coisa que minha prima reclamou foi que nessa confusão toda, eles nem lembraram de estourar o champagne...